segunda-feira, junho 26, 2006

Não acredito em bruxas... mas que as há... HÁ!

Que se desengane o querido leitor que pensou que iria devanear por uma espiral verborreica sobre paranormalismos.

Ora o tema da minha dissertação não poderia ser mais mundano, ordinário, banal, comum, vulgar, corrente, corriqueiro... Bem! Penso que já me fiz entender.

Ao invés do que fiz antes, não vou “atacar” com ferozes disparos do meu “Fokker”* um grupo específico de condutores. Vou, contudo dizimar o comum portuga cujo vocabulário não inclui a palavra civismo, sendo este substituído pelo “xico-espertismo” ou “tou-macagarparatodosporqueusouomaiorefaçocomocarrooquemeapetece”.

Este poderá vir a ser um de muitos textos sobre as nossas qualidades como condutores, dado que são tantas... e tão magníficas!

Contudo, hoje vou cingir-me na capacidade sobre-humana que o vulgo condutor portuga tem de conseguir, por aptidões certamente telepáticas, prever qual a direcção que os veículos vão tomar numa rotunda.

Não compreendo como é possível que os nossos veículos automóveis sejam mais dispendiosos que o resto da europa, dado que poderíamos prescindir perfeitamente de diversas peças do carro. Uma das quais seriam os 6 piscas (que se fundem, o que é uma maçada por isso tentamos usá-los o mínimo de vezes). E aquela manete que teima em accionar-se quando estamos a fazer manobras e que a única utilidade é a de pendurar porta-chaves ou outro ícone religioso? Afinal era só necessário uma pequena bola de cristal ou um baralho de tarot no painel central, ou uma lâmpada mágica com o génio a falar brasileiro género GPS!

Quanto aos condutores estrangeiros... aconselho as companhias de aluguer de automóveis a terem uma parceria com a Maya entre outros videntes, bruxas e charlatães, para poderem acompanhar os digníssimos visitantes. Penso que só assim estes se manterão em segurança e conseguirão interpretar os “evidentes” sinais, não luminosos, das mudanças de direcção do comum portuga. Afinal temos de ser diferentes em tudo, e tudo o que são regras, temos a regra, a única que parece ser inquebrável, que é não cumprir qualquer regra.

Por isso... e tendo dúvidas quanto às nossas potencialidades como médiuns, pois os números de mortes na estrada e acidentes impedem-me de acreditar que sejamos 10 milhões de paranormais (hm... anormais talvez) e porque para jogar à roleta russa, vai-se ao Casino de Lisboa... USEM O !”#$#&/$/#$!#%$#@€§@£#$%&”#$ DO PISCAAAAAAAA! (sim.. até me faz perder a compostura!)

Medo de serem tótós ou bananas? Nada mais, nada menos que expressões proferidas por complexados, sendo em suma meros sinónimos de civismo e educação.

As filas de trânsito em muitas rotundas criam-se porque não se faz pisca algum, ou este não é utilizado correctamente. Quantas vezes já tiveram de parar para deixar passar um carro, que afinal saiu imediatamente antes? Irrita-vos? Fazer igual para quê?

* - avião pilotado pelo Barão Vermelho