10, 9, 8, 7, 6, 4, 3, 2, 1, 2007!

Lamento ter andado novamente desaparecida, mas apesar de olhar para os comportamentos em massa, com olhar crítico. A verdade é que, quando se trata de Natal e prendas, acabo por ficar míope e cair na histeria colectiva. O que me deixou pouco tempo, para vos oferecer umas palavrinhas minhas.

Mas, não queria deixar fechar este belíssimo ano de 2006, o ano de nascimento do meu espaço e de muitos outros momentos felizes, sem vos desejar...

Um excelente ano de 2007, que seja desta que vão cumprir as promessas que fizeram, enquanto se atafulharam de passas.

Que os vossos desejos (desde que exequíveis vá lá! Não caiemos no cliché de querer ganhar o euromilhões) se realizem!

Até para o ano!

Gays, rabetas, larilas e maricóides

Isto parece definir o cenário de humor em Portugal... Estaremos perante o último tabu?

Falar de sexo tornou-se absolutamente trivial. Deixou de ser assunto proibido, para passar a ser assunto obrigatório e até fashion.

Piadas sobre sexo, deixaram de funcionar, pois deixou de ser um assunto que cause embaraço. Por isso, qual é o novo tema de piadas? Os gays...

A muitos de nós, ainda faz impressão e é um assunto que é debatido há relativamente pouco tempo.

Ultimamente tenho-me dedicado a ir ao teatro. Fui ver peças de humor e é incrível como as três que vi, todas, mas rigorosamente todas, utilizavam desde travestis, a personagens gays assumidos e avalanches de piadas sobre gays, para arrancarem as gargalhadas do público.

Parece-me uma falta de humor inteligente tremenda. É piada fácil, pouco elaborada, para a plebe entender... Funciona, sim, tudo bem, mas não estará já a saturar?

Mas não são só os dramaturgos e humoristas que pecam pela falta de cuidado na qualidade das piadas... Nós, no nosso quotidiano, somos igualmente medíocres, quando insinuamos e pomos em causa a sexualidade do nosso colega de trabalho, só para o espicaçar e fazer rir os restantes colegas.

Resta-me ansiar que rapidamente arranjem outro tema, porque deste, sinceramente, já estou farta!

PPG - Plano Poupança Gigolô

À semelhança do microcrédito, arrisco-me a seguir as passadas de Muhammad Yunus e receber, daqui a uns anos, o prémio Nobel da Paz, por conceber uma ideia tão inovadora e que defende o nosso bem estar. A nossa qualidade de vida de quando já formos um monte de pele flácida e o número de dentes originais, se contarem pelos dedos.

A ideia da relação que dura uma vida inteira e o casamento sem divórcio, há muito que caiu na realidade que nada é para sempre. Precisamos de afectos para vivermos felizes, mas o facto é que passado os 35 anos, passamos de desejadas, a indesejadas. Isto torna praticamente impossível, para uma mulher, ter vida amorosa/sexual caso se divorcie depois dessa idade, e por cada ano a mais que passa, torna o caso ainda mais perdido.

Por isso temos duas soluções.

Ou deixamos de ser burras e mantemos diversos pretendentes sempre em lista de espera, enquanto temos outras relações sérias. Conquistamo-los enquanto novinhas e depois é simples, é só indo apaparicando de vez em quando os que se encontram à espera de vez. Afinal, porque temos de morrer para os outros homens, só porque o nosso emplastro do momento é ciumento? Ou mesmo que não o seja, nós não estamos a trair ninguém só por mandar uma mensagem, ou ir lanchar de vez em quando.

Ou então, vamos juntando uns trocos, enquanto fazemos furor no meio masculino, para depois, quando já não formos tão interessantes fisicamente, podermos gastar com jovens acompanhantes, os trocos que fomos arrecadando. Tem a vantagem de podermos escolher jovens no vigor da idade! Sim, isto é importante pois, será que aos 50 eu vou gostar de homens barrigudos, com bigode e problemas de erecção?! Hoje, sei que não!!! E duvido que mude tanto assim de gostos.

Ao observar mulheres de meia idade que nunca casaram ou que se divorciaram, temo ficar tão amargurada e paranóica como elas. Acredito que em jovens foram como eu, e não sei se serei diferente delas quando tiver 50’s...

Os homens sem afecto, reagem como geleia em qualquer superfície, ultra pegajosos... já nós, tornamo-nos insuportavelmente umas cabras.

Pelo sim pelo não, já abri o meu PPG, não com este nome, pois os bancos ainda não oferecem este género de produto. Mas acredito que mais cedo ou mais tarde, pegarão na minha ideia!

E vocês? Já fizeram o vosso PPG?

Homens Tímidos

Não sendo psicóloga nem socióloga, falo do que penso, apenas pela minha experiência meramente vivencial e algumas reflexões mais ou menos devaneicas sobre o assunto.

Hoje concentrei-me na timidez dos homens.

Consigo identificar dois tipos de manifestações de timidez. A que mais facilmente se identifica, é a do típico homem que não fala, e cada vez que o faz engasga-se, treme, tropeça, entala-se na porta, entorna o café que está na mão direita e agrafa a mão esquerda, enquanto balbucia algo que não conseguimos perceber à primeira.

O segundo tipo é o humorista wannabe. Clone criado num laboratório não certificado algures na Damaia, de algum humorista como o Herman José, Gatos Fedorentos, Malucos do Riso, entre outros, dependendo da classe do clone. Tentam criar uma imagem de “eu sou tão expontâneo e tão divertido”.

Já estão situadas nos dois tipos? Estou certa que todas nós, já nos tivemos de rir de piadas que têm teias de aranha penduradas e rolos de cotão em cima...

Então, prossigamos!

Enquanto numa mulher a timidez pode ser devida a uma infinidade de factores, nos homens, e tenho de concordar que nisto são muito mais simples do que nós, a timidez deles, deve-se a apenas três situações.
1 – Serem gordos
2 – Serem baixos
3 – Terem pirilaus pequenos (pois é! Já não falava há imenso tempo de pirilaus! Já sentia falta!)

Qualquer destes factores isolados ou combinados dão azo a homens de um desses dois tipos. Sendo que em termos de risco, um baixinho tem muito mais probabilidade de ser o humorista falhado, cheio de energia.

Já o pirilau vestigial e o excesso de massa adiposa podem despoletar qualquer um dos tipos de timidez. Não tenho dados suficientes para compreender em que percentagens tal sucede.

Por isso meninas, já sabem! Se conhecerem um jovem alto, magro, mas calado ou parvo de todo, se não quiserem experiências novas com necessidade de utilizar lupas... não queiram passar do cafézinho!

Pico pico manjerico

Soyo toyo poyo toyo? Lembram-se do ouriço dos Amigos de Gaspar?

Ouriços são bichos que visualmente são bastante atraentes e “fofinhos”. Mas alguém explique, por favor, aos homens... que eles estão longe da aparência ternurenta destes mamíferos!

Não é por terem atitudes semelhantes às de um ouriço que se preze, de se enrolarem para ignorar e defenderem-se dos problemas, que lhes dá o direito de, ao fim de semana, poderem andar dignos de serem confundidos com os tapetes da entrada da casa.

Um pequeno episódio romântico ilustrativo:

Enrolada num abraço quente, sinto a respiração pausada e lenta que faz tremelicar os pelinhos do meu colo. O passar leve dos dedos a fazerem pequenas festas, levam-me a um estado de doce sonolência. De repente ele rebola-se e sou percorrida por sentimentos contraditórios de dor e irritação...

- @€§€£§@£§@!! Não fizeste a barba de novo?!

Ora caramba! Isto é tão mau como pisar uma carica no chão lustroso de um café! Digno de arrepiar os pêlos das plantas dos pés, nos dias mais frios de inverno!

Sou apologista do laser, ou da depilação com cera ou com aquelas máquinas rebarbadoras, vulgarmente conhecidas por depiladoras eléctricas.

Pêlos estão completamente out! Principalmente aqueles que magoam!

Homens! Manquem-se e se querem que nós andemos arejadas e macias em todo o lado, reforço... em todo o lado!!! Toca a tirar essa lixa número 3 de forma eficaz!