segunda-feira, janeiro 28, 2008

Refracções


Quando o desespero nos toca, a mais ínfima partícula de luz que entra no nosso casulo, encandeia-nos.

É... A luz é mais brilhante quando tem de atravessar lágrimas. Funcionam como lupas, em papel de jornal seco...

Aí fechamos os olhos e não preferimos não ver a luz. Parece-nos ferir, mas como? Se já estamos feridos...

Tapamos o traço de luz, adaga precisa que parece esfaquear o que ainda há, com dúvidas.

Hibernamos, cegos, surdos, mudos. Mortos, com medo de viver.