Amor Perfeito

Ou por ter estado toda a vida a procurá-lo, em homenagem à sua odisseia, ter dado à flor, o nome daquilo que sempre almejou?
Como em nós, no que fazemos, no que temos, não existe perfeição, podemos apenas desejar momentos de perfeição.
Já senti Amor que penso que terá sido perfeito. Sim, é relativo, mas na minha essência, existência, foi perfeito, imaculado.
Não foi só uma vez que consegui atingir esse estado de orgasmo mental físico, em que a felicidade preenche cada milímetro de pele, ao ponto de doer, como se a fosse rebentar.
A sensação de aperto do peito como se tivesse um torniquete progressivamente, lentamente, pausadamente dando mais uma volta, mais um aperto, mais uma constrição, mais um sufoco.
É esta perfeição que pretendemos ter de forma continuada, permanente, eterna, mesmo que seja, em termos de neuro-fisiologia, impossível. Todos os estímulos sofrem uma acomodação e deixamos de os sentir como os sentíamos passado algum tempo.
Define-se de Paixão, esta bebedeira de sentimentos de prazer, ansiedade, felicidade, júbilo, quase agonizante, que nos dá insónias.
E o Amor? É a amalgama que fica dos restos mortais da Paixão, que servem de adubo e do companheirismo, amizade e respeito que entretanto brotaram.
Amores plenos, relações loucas de Paixão, Felicidade plena, sejam o que forem esses conceitos, o término é proporcional em loucura de Dor, Desalento e Depressão.
Se vale a pena o preço?
Se não valesse não teria repetido, e não voltaria a repetir quantas vezes fosse preciso. Louca, masoquista o que seja! Tudo tem um preço, e ser Feliz tem o seu!
A vida é para se sentir, mais do que para se saber ou para se fazer, é para se sentir.
Sentir!
Etiquetas: amor perfeito, paixão, viver